Novembro: o mês da Consciência Negra

Novembro: o mês da Consciência Negra

20 de novembro é a data que foi instituída para lembrar a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. O fato aconteceu em 1695, mas até hoje reflete a luta pela igualdade racial em nosso país e o caminho longo que temos que percorrer.

Apesar de uma grande fatia da população brasileira ser afrodescendente, existe uma baixa representatividade de negros em muitos setores da sociedade, mesmo após 130 anos do fim da escravidão. É válido lembrar que, após a abolição da escravatura, a população negra no Brasil não teve um apoio ou medidas para recomeçar suas vidas e ser inseridos de uma forma digna na sociedade. O período de pós-abolição foi travado pela luta de direitos básicos, como: educação, moradia, saúde e emprego.

Mesmo o Brasil sendo de maioria negra, o racismo é velado em nossa sociedade. O atlas da violência 2018 indica que a taxa de homicídio de negros cresceu 23,1% de 2006 a 2016. Daniel Cerqueira, coordenador de pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que a naturalização dos homicídios se dá por processos históricos e econômicos de desigualdade no país, “que fazem com que a sociedade não se identifique com a parcela que mais sofre com esses assassinatos. ” *

A cultura negra forma a identidade cultural brasileira. Desde o futebol arte, literatura, música, gastronomia e até no judiciário brasileiro, onde tivemos o primeiro presidente negro da história do STF, Joaquim Barbosa.

A valorização do negro na sociedade pode acontecer a partir de: políticas públicas mais efetivas e inclusivas; no combate ao racismo institucional; no aumento da representatividade no parlamento; na continuidade no trabalho de ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio, como manda a lei 10.639/03; e no acesso às universidades, como forma de tentar diminuir a desproporção social, educacional e econômica do Brasil, além do incentivo para a criação de movimentos que levem essas lutas à frente.

Lute contra o preconceito! Seja a resposta!

OBSERVAÇÃO SOBRE O USO DO TERMO ‘’NEGRO’’: O IBGE classifica as cores e raças como: branco, preto, pardo, amarelo e indígena, para ficar mais próximo dos respondentes do censo.

*Trecho extraído do site Carta Capital, matéria: Atlas da Violência 2017: negros e jovens são as maiores vítimas por Caroline Oliveira — publicado 05/06/2017 19h04.

Escrito por: Paulo Gustavo Alves, 22 anos, voluntário da FCG, formado em Publicidade e Propaganda e atua profissionalmente como redator.

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