Slow Living: escolha desacelerar

Slow Living: escolha desacelerar

Talvez você nunca tenha ouvido falar nesse conceito, mas te convido a refletir sobre ele.

O significado literal de Slow Living é: viver lentamente, mas esse conceito vai além disso, ele sugere um estilo de vida inspirado por valores simples e real. Propõe uma vida preenchida por significados, realizações e propósito, inspirado em reflexões que nos direcionam a novos olhares e caminhos, priorizando o resgate das relações a partir da ideia de que devemos conviver com mais afeto e vínculos com as pessoas.

Agora você pode pensar que diante da vida moderna que vivemos, onde a velocidade e a multitarefas são supervalorizadas, viver de acordo com essa proposta é um grande desafio, não é mesmo? No entanto é necessário entender que viver lentamente, desacelerar, não é necessariamente ser devagar ou preguiçoso. Desacelerar é respirar. Pensar quando a velocidade e a correria fazem sentido e quando não fazem.

Quantas vezes não nos pegamos envolvidos em várias atividades, sem nos questionarmos o por que estamos envolvidos nelas ou se elas fazem sentido diante ao que queremos para nossa vida. Desacelerar é justamente estar presente com plenitude, disponibilidade e atenção ao que fazemos. O foco está em realizar nossas atividades na velocidade certa, de forma satisfatória e com qualidade.

Estamos vivendo uma corrida contra o relógio e as doenças da atualidade são provas concretas do esgotamento frente a esse cenário, onde, frequentemente, vivemos problemas nos relacionamentos, trabalho, alimentação e saúde. A ansiedade pelo amanhã está nos levando a tornar todos os segundos dos nossos dias rentáveis, ocupados por alguma atividade que possa trazer a sensação de ter importância a ponto de não sermos esquecidos no dia seguinte. As incertezas que rondam nossas mentes e rotinas, que não tem tempo para se consolidar, nos impedem de vivermos o tempo presente e vivenciá-lo em sua plenitude. Mas o que fazer diante disso?

Contemplar o uso do tempo de forma equilibrada é um caminho, e não está relacionado apenas a fazê-lo nas férias ou nas poucas horas que restam após um dia de trabalho, e sim dar um novo significado ao próprio conceito de percepção do tempo. O que quero dizer é que precisamos parar por um instante e refletir se as atividades em que estamos envolvidos, realmente fazem sentidos para nós, se estão conectadas com o nosso objetivo de vida, pois só assim, conseguiremos recusar aquilo que não nos faz sentido. Precisamos ser sábios e fazer com que o tempo do trabalho faça parte do tempo da nossa própria vida.

Pense: o que você está fazendo com o seu tempo? Reflita se está utilizando ele para as suas prioridades internas ou apenas para urgências externas. Sabemos que não é uma tarefa fácil, diante a tanta pressão, mas acredite que é possível.

“A sua atenção não deve estar em ter mais tempo e sim em usar bem o tempo que tem.”

Escrito por: Debora Arcaide, 33 anos, psicóloga, Coach de Saúde e voluntária na FCG., 33 anos, psicóloga, Coach de Saúde e voluntária na FCG.

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