Olhando para o outro

Olhando para o outro

Precisamos nos lembrar de ter empatia

Já percebeu quanto tempo da nossa rotina diária estamos dentro de uma bolha? Identificar oportunidades para sua carreira, melhorar sua qualidade de vida, status, comprar, vender, sair, voltar, aparência, se relacionar, a sua própria vida. Mas quando refletimos sobre nos importar com outras pessoas, a intensidade do dia a dia, talvez, possa estar em câmera lenta.

Enquanto seres humanos, parte essencial da nossa evolução foi estar em grupos, comunidades, cuidarmos uns dos outros para nos mantermos cada vez mais fortes. Estranha, e lamentavelmente, esse pilar parece que vem sendo esquecido. O imediatismo das informações e a necessidade de sermos aceitos têm minado a nossa capacidade de nos importarmos com as outras pessoas. E isso podemos testar de maneira simples, basta realizar um comparativo: quantas vezes deslizamos os dedos em telas e quantas histórias realmente escutamos?

Estamos diante de um pódio que nos causa vergonha, ou ao menos deveria, pois segundo o último relatório divulgado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) o Brasil é o 7º país mais desigual do mundo, e esta desigualdade mostrada no relatório é baseada em uma série de fatores, segundo Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. Entretanto, três deles são determinantes para que o país permaneça nesta posição negativa: a questão de gênero, o racismo, e a tributação de impostos. E ainda, de acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) o Brasil apresenta desigualdade total de renda de 51,5%. Não são números nada fáceis de digerir, e vivemos em país que ainda se limita a ditados populares como “O que os olhos não vêem o coração não sente”.

Devemos nos ajudar a enxergar, voltar a sentir, e tomar medidas para mudar. Elevar o nosso bem-estar social com acesso à saúde e educação de qualidade para todos; emprego e assistência momentânea para aqueles que estão fora do mercado de trabalho; garantia da previdência social e dos direitos trabalhistas; para citar alguns exemplos. Hoje a FCG faz parte dessa busca para pensar no outro, atuando principalmente com as frentes: Educação, Capacitação Profissional, Assistência Social. E te convidamos a fazer parte disso, nos conhecermos e realizarmos a nossa mais pura essência de ser humanos, a benevolência.

Texto escrito por Thalles Carvalho, 31 anos, consultor em inovação e aprendizagem corporativa, escritor nas horas e voluntário da FCG

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