Combate à discriminação racial: um desafio diário e coletivo

A discriminação racial corresponde a toda distinção, exclusão ou preferência baseada em cor, raça, etnia ou descendência. É comum pensar que a discriminação é sempre explicíta e que em um país miscigenado, como no caso do Brasil, seja rara de ocorrer. Entretanto, a realidade demonstra constantemente e diariamente o contrário: os discursos e práticas discriminatórias permanecem de forma sútil e, até mesmo, naturalizada.

Expressões enraizadas com viés racista, o desprezo de costumes, hábitos e tradições culturais, ofensas verbais, inferiorização de uma etnia, recusar prestar um serviço ou receber atendimento por pessoas de diferentes etnias, e, apelidar alguém devido elementos de cor são alguns dos modos que a discriminação se faz presente.

Contradições

Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, realizada no primeiro semestre de 2021, 84% dos entrevistados consideram o Brasil como um país preconceituoso em relação às pessoas negras. Contudo, apenas 4% se considera uma pessoa preconceituosa.

O estudo mostra que a população confirma a existência do racismo e a realidade desigual entre as pessoas brancas e negras. Mas dificilmente se reconhece como um dos atores sociais que perpetuam esse processo de segregação racial. “O Brasileiro não evita, mas tem vergonha de ter preconceito'' (Fernandez, 1995).

Como combater?

Neste ano, a primeira legislação contra o racismo no Brasil completa 71 anos. Refere-se a lei nº 1390 proposta por Afonso Arinos, a qual inclui entre as contravenções penais a prática de atos resultantes de preconceitos de raça.
Além da lei de Afonso Arino, a lei nº 7716 de 1989 também define os crimes de preconceito racial. Apesar das medidas, a luta contra a discriminação ainda permanece caminhando em passos lentos. Por isso, é importante que todos os indivíduos repensem suas atitudes e não somente sejam contra o preconceito, mas também promovam a conscientização, busquem ouvir pessoas negras, principais vítimas desse processo e procurem conhecer e respeitar a diversidade étnica presente no país.

Em caso de discriminação racial, Disque 100 (canal federal de Direitos Humanos).

Escrito pela voluntária Rayane Barros, estudante do ensino médio e voluntária FCG

A sua doação pode salvar muitas vidas

Dia 14 de junho foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde como o Dia Mundial do Doador de Sangue. O objetivo da data é homenagear todos os doadores de sangue por suas contribuições e conscientizar sobre a importância desse ato. A ideia é incentivar o aumento de adesões, em vista da crescente necessidade de sangue e hemocomponentes em bancos especializados na coleta e armazenamento.

O estoque em hemocentros é um fator fundamental na atenção à saúde, visto que o sangue e os hemocomponentes são essenciais para a realização de procedimentos e intervenções médicas urgentes e também para o tratamento de diversas doenças.

O processo de doação é seguro e não há riscos de contaminação, já que todos os materiais utilizados para a realização da coleta são descartáveis e de uso único. Além disso, a quantidade de sangue retirada não é prejudicial à saúde do doador, uma vez que são coletados até 450 mililitros e uma pessoa adulta possui cerca de cinco litros de sangue, ocorrendo rápida recuperação após a doação.

Para doar, basta procurar uma unidade de coleta de sangue e atender a determinados requisitos:
- Ter entre 16 e 69 anos e pesar mais de 50kg;
- Apresentar um documento com foto, válido em todo o território nacional;
- Estar alimentado, evitando alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação. Se for doar após o almoço, deverá aguardar 2 horas;
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
- Pessoas entre 60 e 69 anos de idade só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos;
- Homens podem realizar até 4 doações por ano, com intervalo mínimo de dois meses entre uma e outra. E mulheres podem realizar até três doações anuais, com intervalo mínimo de três meses.

Para obter mais informações sobre procedimentos, requisitos e impeditivos de doação, entre em contato com o banco de sangue que deseja realizar a doação.

Ajude a salvar vidas! Apenas uma doação pode atender até quatro pessoas. E, caso não possa doar, incentive outras pessoas.

Autoria:
Andressa Magalhães da Silva, 24 anos, formada em Biomedicina e voluntária FCG.

Fonte:
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue
https://bvsms.saude.gov.br/doacao-de-sangue

Dia Mundial da Diversidade Cultural

Hoje, 21 de maio, é comemorado uma das maiores riquezas existentes na humanidade: a Diversidade Cultural. Trata-se de uma data instituída em 2002 pela Assembleia Geral das Nações Unidas de modo oficial e mundial. Seu propósito é ressaltar a importância do respeito e compreensão da preservação da heterogeneidade cultural para o diálogo e o desenvolvimento social.

Juntamente com o 16º objetivo da ONU, o qual propõe a paz, justiça e instituições eficazes; a comemoração evidencia os aspectos intelectuais, religiosos, econômicos e criativos presentes por diferentes grupos sociais e étnicos. Desse modo, a troca de conhecimentos diante das diferenças e individualidades, transforma a diversidade em agente de inclusão.

Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a cultura é a flor do ser humano, sendo o fruto de sua mente, produto de suas tradições e expressão de seus anseios. Diante desta citação de Guterres, compreende-se que a diversidade auxilia tanto no desenvolvimento do patrimônio material e intelectual-cognitivo, como também no emocional. É ela quem proporciona uma mudança positiva e eficaz no enfrentamento de inúmeras problemáticas. Por isso, é essencial usar a diversidade cultural como ferramenta de auxílio à superação do “novo normal”, vivenciado na atualidade devido a pandemia do covid-19. Somente com o exercício da reflexão sobre a empatia e as conexões de diferentes crenças e saberes, será possível avançar no caminho de uma sociedade mais pacífica e justa à todos.

Fonte:
https://brasil.un.org/pt-br/127282-21-de-maio-dia-mundial-da-diversidade-cultural-para-o-dialogo-e-o-desenvolvimento
https://www.florence.edu.br/2021/05/21/21-de-maio-dia-mundial-da-diversidade-cultural-para-o-dialogo-e-o-desenvolvimento/#:~:text=Gradua%C3%A7%C3%A3o%20%7C%2021%2F05%2F2021&text=A%20data%20surgiu%20ap%C3%B3s%20a,sustent%C3%A1vel%20e%20coexist%C3%AAncia%20pac%C3%ADfica%20mundial%E2%80%9D

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil

O Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes é um tema em voga, por ser um sério problema silencioso que nos atinge.

Essa data foi estabelecida através do projeto de lei 9970/00, inspirada pelo caso do bárbaro crime que vitimou a menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de oito anos, que foi morta após ser drogada e estuprada no dia 18/05/1973, no Espírito Santo. Seu corpo ainda foi encontrado desfigurado pela utilização de ácido pelo seu algoz, seis dias depois do desaparecimento.

O caso é movido por mistérios, com mortes de testemunhas e os acusados pelo Ministério Público como autores, sendo integrantes de uma família tradicional capixaba que, porventura, foram absolvidos após anulação da sentença condenatória pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo.
Portanto, sendo mais um caso bárbaro não solucionado que entra para a triste estatística do país.

Ressalta-se que essa data deve ser marcada por mobilizações de conscientização para identificação de crianças e adolescentes que estejam sofrendo abuso sexual, violência essa de difícil diagnóstico, uma vez que pode ocorrer até mesmo no âmbito familiar.

Soma-se a isso o fato que o Brasil possui um número alarmante de casos dessa natureza, de acordo com o Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, constata-se que somente nos anos de 2017 a 2020, foram registrados 179.277 casos com vítimas de até 19 anos.

Sendo assim, é a oportunidade de observarmos com mais atenção as nossas crianças e caso haja a suspeita da ocorrência de algum abuso deve-se, imediatamente, procurar as autoridades competentes, para que os autores sejam punidos e as vítimas acolhidas.

Autoria:
Lucas Manoel Paz dos Santos, 27 anos, formado em Gestão Pública, estudante de Direito e Administração Pública, servidor público do TJ-SP e voluntário da FCG.

Bibliografia:
https://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/caso-araceli-completa-44-anos-e-misterio-sobre-a-morte-permanece-no-es.ghtml

https://blog.mds.gov.br/redesuas/18-de-maio-dia-nacional-de-combate-ao-abuso-e-a-exploracao-sexual-contra-criancas-e-adolescentes/

https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/nos-ultimos-cinco-anos-35-mil-criancas-e-adolescentes-foram-mortos-de-forma-violenta-no-brasil#:~:text=Bras%C3%ADlia%2C%2022%20de%20outubro%20de,de%2045%20mil%20por%20ano.

Desarme-se, a morte não é brincadeira!

Hoje, 15 de abril, é marcado pelo Dia do Desarmamento Infantil. Data essa, criada em 2001, sendo ela muito importante para debater e colocar em pauta o futuro de nossas crianças.

Nota-se que atualmente o número de armas de fogo em circulação no país aumentou. No ano de 2021, o número de CACs (Colecionadores, atiradores desportivos e caçadores) dobrou, chegando a 61,3 milhões de unidades contra 28,5 milhões em 2020, de acordo com o Jornal Folha de São Paulo, consequência direta da atuação governamental para impor as flexibilizações das regras para aquisições de armamentos.

Devido ao avanço armamentista, é fundamental blindar as crianças desse cenário, evitando, principalmente, os incentivos ao uso de armas de fogo de brinquedo na infância, que pode influenciar na naturalização da violência por ela, ainda mais pelo grande número de armas que estão circulando no Brasil, crescendo assim, vertiginosamente, as chances de ocorrerem acidentes com elas.

Portanto, nesse dia, é a hora de enfatizar o debate acerca do combate ao desarmamento infantil, medida essa que contribuirá para contrariar a lógica momentaneamente imposta, para formação de adultos melhores e menos violentos. Que essa data seja utilizada para aprimoramento do debate familiar acerca do tema.

Autoria:
Lucas Manoel Paz dos Santos, 27 anos, formado em Gestão Pública, estudante de Direito e Administração Pública, servidor público do TJ-SP e voluntário do FCG.

Fonte:
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/03/embalada-por-decretos-de-bolsonaro-venda-de-municoes-para-cacs-dobra-em-2021.shtml

https://radios.ebc.com.br/tarde-nacional/2021/04/1504-e-celebrado-o-dia-do-desarmamento-infantil

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