O trabalho da assistente social no Brasil

O trabalho da assistente social no Brasil

Como assistente social atuante no NPJ é fundamental conhecermos a realidade social das famílias atendidas e qualificarmos as orientações e encaminhamentos no que se refere ao acompanhamento realizado. Para um acolhimento mais efetivo e com uma escuta qualificada, em alguns casos adequamos a abordagem durante o atendimento, facilitando a linguagem para conseguirmos nos aproximar e compreender as demandas trazidas por nossos usuários, pois a linguagem muito técnica por vezes pode dificultar a compreensão dos munícipes.

O Núcleo de proteção Jurídico Social e Apoio Psicológico (NPJ), é referenciado ao CREAS, pois tem como característica promover proteção às crianças, adolescentes, indivíduos e suas famílias, quando da ocorrência de situação de risco pessoal e social, especialmente aqueles relacionadas à violência sob suas diversas formas, maus tratos, abandono, discriminações sociais e restrições à plena autonomia e exercício das capacidades. De acordo com a Política Nacional de Assistência Social, de 2004, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social é o principal equipamento dos serviços prestados no âmbito de proteção social especial, pois cabe ao CREAS o desenvolvimento de ações do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e indivíduos.

O trabalho do assistente social orienta-se, em todos os espaços sócioocupacionais nos quais atua, pelos princípios e diretrizes inscritos no Código de Ética Profissional de 1993 e pela Lei de Regulamentação da Profissão a 8.662/93.

Na atual conjuntura precisamos ser profissionais propositivos, não apenas executores, mas que sejamos capazes de formular projetos de trabalho e apresentá-los à instituição, defendendo os princípios éticos da profissão. Entre esses princípios do Código de Ética do assistente social destacamos o terceiro que dispõe da ampliação e consolidação da cidadania, considerando tarefa primordial de toda sociedade, com vista à garantia de direitos civis, políticos e sociais das classes trabalhadoras. (CFESS : 1993).

Trabalhar como assistente social é ter plena consciência de que inevitavelmente esbarraremos em alguns momentos da atuação profissional, com limites e possibilidades, ainda assim, possuímos a autonomia profissional para escolher os procedimentos e instrumentais mais apropriados para o acompanhamento da população usuária, conforme as demandas apresentadas em nossos atendimentos, cabe a nós profissionais de Serviço Social esclarecer e informar ao usuário sobre seus direitos, visando romper com a ideia do profissional meramente executivo.

Acredito que uma importante estratégia de trabalho é articulação com a rede socioassistencial do território, pois em muitas ocasiões o mesmo munícipe que é atendido pelo serviço no qual atuamos, também é acompanhado por outro equipamento de nosso território, desta forma temos a chance de realizar uma intervenção mais efetiva no que se refere à garantia de direitos, se trabalharmos em rede. Portanto, é fundamental a adoção de uma prática que busque assegurar direitos e reconhecendo a assistência social como um direito social a ser universalizado, como meio e não como finalidade de realização de uma proteção integral dos direitos.

Escrito por:
Jéssica Molina Sampaio
Assistente Social - Fundação Comunidade da Graça
Atua no NPJ – Núcleo de Proteção Jurídico Social e Apoio Psicológico

Adicionar comentário

Contato