Dia Internacional da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
No atual cenário, em que tudo parece mudar rapidamente e as opiniões descrevem realidades incertas, o fato é que cada um de nós tem buscado algum valor que seja sólido e verdades firmes as quais possamos nos apegar. Uma data desta semana comemora a criação de ideias que moldaram a democracia contemporânea e que geram impacto mundial há mais de 230 anos: é o Dia Internacional da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. O documento de 26 agosto de 1789, anunciado por ocasião da Revolução Francesa, condensa os desejos mais fundamentais da luta dos franceses em favor da vida e da liberdade e constitui o alicerce da maioria dos princípios de direitos humanos do Ocidente.
Com inspiração no movimento de independência americano, este projeto emoldurou o anseio humano primordial de ser respeitado, ouvido e resguardado em todas as necessidades básicas para a manutenção de sua humanidade. Em outras palavras, a partir do grito francês pela liberdade, houve a manifestação de outras vozes que também clamavam por algo que não pertence somente à uma nação, mas que é inerente a todo homem e mulher.
Reconhecer, portanto, quão valiosa é essa humanidade, nos leva a outra compreensão do que significa a vida.
A Declaração é o grande marco responsável por celebrar o princípio em que, num Estado igualitário, o povo não é subjugado por um poder absoluto e um governante sempre deve servir aos interesses desse povo, resguardando seus direitos, deveres e particularidades. Tal sentimento de fraternidade e igualdade presente na declaração compactua com a mesma visão da amada Igreja de Cristo.
Por extensão, a Fundação Comunidade da Graça acredita no amor que encontra propósito e nobreza no serviço a todos, a despeito de posição ou status. Entende-se que, seja como criação ou como filhos amados de Deus, não somos superiores uns aos outros, mas somos amparados e servidos em toda a nossa igualdade existencial. Estas são verdades irrefutáveis que devem ser constantemente defendidas e comemoradas no passado, no presente e no futuro.
Texto escrito por Caio Sartori, 24 anos, Bacharel em Letras pela USP, professor de inglês e voluntário da FCG